Equilibridade

 

No meio de tanta gente e tanta coisa, a solidão. Poucas vezes essa sensação! Mas no fundo ela é sempre presente, só escondida debaixo de tanta agitação. Como tudo, dualidade humana. Dualidade mundana. Eros, Tanatos, amor e ódio, raiva e perdão. Tão simples, mas tão difícil a questão…

Gritar e se calar ao mesmo tempo. Gritar pra onde, pra que, pra quem? Pra eu mesma ouvir. Ouvidos de ouvir e olhos de ver. E um mundo todo a se sentir. A se chorar, perder, sofrer, amar. E desamar também. Desapegar e saber que tudo um dia se vai. Viver uma vida leve e, tão leve, tão leve, que pesada às vezes se faz. Na contramão do mundo. Na contramão da cultura. Parar, olhar, sonhar, sorrir. Ser feliz.

E a multidão corre, te olha, te chama. E você ali, parado. No meio do mundo, no olho de tudo, no centro da contramão. Fora de si e ao mesmo tempo muito, muito dentro. De tanta introspecção. Olha e fecha o olho. Estampa um sorriso e fecha os lábios. Abre e fecha a mão. Dualidade humana. Mas no meio disso tudo, dessa vez, não havia uma contradição. Corpo e alma em equilíbrio – perfeita combinação.

Deixe um comentário

Arquivado em Expressões

Deixe um comentário